Revista Virtual de Artes, com ênfase na pintura do século XIX

Soneto

card 1911
Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados.

Bendito o riso assim que se desata
– Citara suave dos apaixonados,
Sonorizando os sonhos já passados,
Cantando sempre em trínula volata!

Aurora ideal dos dias meus risonhos,
Quando, úmido de beijos em ressábios
Teu riso esponta, despertando sonhos…

Ah! Num delíquio de ventura louca,
Vai-se minh’alma toda nos teus beijos,
Ri-se o meu coração na tua boca!

Augusto dos Anjos

2 Respostas

  1. Dandara Machado

    Lindo!

    Curtir

    23/02/2018 às 16:31

  2. erhantigli2014

    Republicou isso em erhanca.

    Curtir

    24/02/2018 às 3:38

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