PINTURA: Eugene de Blaas (2)
Eugene de Blaas ou Eugen von Blaas (Albano, próxima a Roma, Itália, 24 de julho de 1843 – 10 de fevereiro de 1932)
Pintor de cenas de gênero, de grande importância na pintura figurativa do século 19. Seu tema favorito era o cotidiano do povo veneziano, que pintava com técnica apurada e cores vibrantes, e demonstram seu total domínio na arte do retrato.
Seu pai, o pintor austríaco de temas históricos e de afrescos, Karl von Blaas (1815-1894), foi quem lhe ministrou (e ao seu irmão, Julio) as primeiras aulas de pintura, na Academia de Roma. Também estudou na Academia de Viena, Veneza e Paris.
Foi um dos expositores regulares da "Esposizione Nationale" de Veneza e da "Austellungs Jubilaums", realizadas em Viena e Munique. Visitou a Bélgica, França e viveu na Inglaterra por um tempo. Entre 1875 e 1892, também exibiu-se na "Royal Academy", na Galeria de Grafton e na Galeria Nova em Londres.
Representado em muitas coleções particulares e nos museus de Leicester, Melbourne, Nottingham, Sheffield Sydney e Viena.
GALERIA EUGENE DE BLAAS (2)
PINTURA: Jules-Adolphe Goupil
Jules-Adolphe Goupil (Paris, França, 07 de maio de 1839 – Paris, França, 28 de abril de 1883)
Seu primeiro professor de arte foi seu pai, Frédéric August Antoine Goupil, também pintor. Posteriormente estudou com Ary Scheffer, influente artista de sua época. Suas exibições começaram em 1857, no Salão de Paris, com a idade de 18 anos. A partir de então, uma parte de sua produção foi voltada para os Salões de pintura, sendo laureado várias vezes.
Goupil é conhecido pelas pinturas de gênero (aquelas que retratam cenas realistas do cotidiano) e de retratos. Além de Paris, exibiu seus trabalhos em toda a Europa, incluindo Bruxelas, Etten e Munique. Pintou também assuntos históricos – como cenas da Revolução Francesa -, o que lhe rendeu muita fama e apreço popular, além do prêmio "Chevalier de la Légion d’Honneur" (Cavaleiro da Legião de Honra), dado aos destaques das artes.
GALERIA JULES-ADOLPHE GOUPIL
PINTURA: Raimundo de Madrazo Y Garreta
Raimundo de Madrazo Y Garreta (Roma, Itália, 24 de junho de 1841 – Versalhes, França, 15 de novembro de 1920)
Importante pintor realista espanhol do século XIX. Foi também crítico, colecionador de arte e um dos primeiros a trabalhar com fotografia na Espanha.
Recebeu sua primeira formação artística no estúdio de seu pai, Federico de Madrazo y Kuntz e de seu avô, José de Madrazo, renomados pintores. Estudou na Academia Real de Belas Artes de San Fernando (Madri), com Luis Carlos de Ribera e Carlos de Haes, completando sua formação em Paris em 1860, com Léon Cogniet.
Ele parecia destinado a continuar a tradição da família – a pintura acadêmica –, no entanto, devido à influência dos pintores Alfred Stevens e Mariano Fortuny (seu cunhado), trocou a pintura histórica ( “Chegada à Espanha do corpo do Apóstolo São Tiago” de 1858 e “Ataulfo” de 1860, como exemplos) pela cenas de gênero e retratos.
Em 1866, com Fortuny e Eduardo Rosales visitou Roma e os Estados Unidos. Em 1882, com Giuseppe De Nittis, Alfred Stevens e o dono de galeria, Georges Petit, co-fundou a Exposição Internacional de Pintura, destinadas a promover artistas estrangeiros em Paris, cidade onde viveu boa parte de sua vida.
Seu trabalho mereceu prêmios nas exposições e salões nacionais: uma medalha de primeira classe em 1878 e a nomeação para a Legião de Honra por sua participação (medalha de ouro) na Exposição Universal de Paris, concedida pelo governo francês, em 1889.
Considerado um dos melhores retratistas de sua geração, seu elegante e cuidadoso realismo, o completo domínio da técnica e uma refinada paleta cromática, fez com que sua obra tivesse grande reconhecimento por parte da clientela burguesa de sua época.
GALERIA RAIMUNDO DE MADRAZO Y GARRETA
Sua modelo favorita, Aline Mason
PINTURA: Gustave Jean Jacquet
Gustave Jean Jacquet (Paris, França, 25 de maio 1846 – Paris, França, 1909)
Pintor de retratos, cenas de gênero e históricas, um dos mais renomados pintores do século 19.
Começou sua formação artística formal na "École des Beaux-Arts" em Paris, onde estudou com o principal pintor acadêmico, William Adolphe Bouguereau. Em 1865, então com 19 anos, estreou no Salão de Paris com uma pintura alegórica intitulada "O sonho", muito semelhante ao estilo de seu professor. Nos anos seguintes, porém, passou a pintar as cenas de gênero que o consagrariam: telas de pequenas dimensões em que ele evocou, com a preocupação consciente do mais ínfimo pormenor, a vida elegante e suntuosa dos Séculos XVI, XVII e XVIII.
Como sua carreira progrediu e seu estilo amadurecera, Jacquet viajou por toda a Europa, absorvendo estilos nacionais e coletando artefatos históricos, tapeçarias, armaduras, tecidos e jóias dos períodos retratados em suas telas.
Em 1868, foi premiado com uma medalha de terceira classe com sua tela "Saída do Exército no século 16". Na mesma época começou a fazer retratos, muitos com as modelos em trajes inspirados nas épocas passadas.
Em 1875, obteve uma medalha de 1ª classe e, depois da recepção positiva na Exposição Universal de 1878, foi condecorado pela "Légion d’honneur" (Legião de Honra) em 1879, uma clara indicação de seu sucesso.
GALERIA GUSTAVE JEAN JACQUET
Fredèric Soulacroix
Em 6 de junho de 1890, casa-se com Florence Julie Fernande Blanc, com quem iria ter quatro filhos: Olivier, George, Gabriel e uma menina, Amélie Florence.
Em 1924 foi nomeado “Officier d’Academie” por autoridades francesas, ano em que sua filha Amélie Florence, casa-se com o príncipe Urbano Chiaramonti.
Soulacroix foi um pintor figurativo especializado em suntuosos interiores dos salões de Paris. O artista dava particular atenção aos detalhes de suas pinturas: móveis, tecidos, roupas. Foi um artista muito popular à sua época e um dos mestres do gênero nos dias de hoje.
Fez retratos da Rainha Margarida, esposa do rei Umberto I da Itália, do rei do Sião e de seu irmão, o príncipe Sanbasaska.
Um dos exemplos do trabalho de Soulacroix é este raro e expressivo quadro de uma sedutora modelo reclinada numa chaise longue em seu quarto. Sua técnica é mostrada no diáfano robe e nos luxuosos tecidos com que compõe a cena. Sua descrição da beleza parisiense é puro Flaubert…
Como artista gozou de um enorme sucesso, tendo quadros com colecionadores nos Estados Unidos,Inglaterra, Alemanha (especialmente em Munique), Canadá e América do Sul.
John William Waterhouse
Pintor de temas clássicos,históricos e da literatura, John William Waterhouse nasceu em 6 de abril de 1849 em Roma,
Em 1850,sua família retornou à inglaterra.Antes de ingressar na Royal Academy Schools em 1870, Waterhouse ajudava seu pai- que também era pintor – em seu estúdio. Seus primeiros
Após seu casamento,em 1883, com Esther Kenworthy, fixou residência em Primrose Hill, onde fez seu atelier. Foi integrante do Royal Institute,em 1883.
Suas últimas pinturas revelam seu interesse por temas associados aos pré-rafaelitas,sendo comumente associado aos mesmos, por causa de sua paixão pelos mitos e histórias
Em 1890, Waterhouse exibe retratos. Em 1901, mudou-se para St John’s Wood e participou da St.John’s Wood Arts Club,uma organização social que incluía Lawrence Alma-Tadema e George Clausen.
Waterhouse continuou a pintar até sua morte, ocorrida em 10 de fevereiro de 1917, após longa enfermidade.
Sua influência pode ser vista nos trabalhos de Sir Frank Dicksee, Arthur Hacker e Herbert e James Draper.
Sir Lawrence Alma Tadema
(1836-1912) Pintor neoclássico britânico, nasceu en Dronrijp (Países baixos) e morreu em Wiesbaden. Entre seus primeiros quadros, a maioría descritivos da vida dos franceses, figuram como mais importantes: Clotilde na tumba de seus netos (1858) e A educação dos filhos de Clodovil (1861). Em 1863, abordou temas egípcios e, poucos anos mais tarde, temas gregos e romanos.
Após estudar em Amberes, se estabeleceu em Londres em 1870. Pode-se considerá-lo um dos pintores mais famosos do período vitoriano tardío; se especializou na representação de cenas históricas, primeiro da Idade Média e mais tarde da Antiguidade, quando visitou os restos romanos de Pompéia. Suas pinturas oferecem uma visão da Grécia e da Roma antigas: nelas representa belas mulheres e preciosas cenas idílicas, que emana uma atmosfera de rara sensualidade. Sua obra se caracteriza pelo profundo conhecimento da arqueología e da exata reprodução de mármores e bronzes.
Em 1873 se tornou súdito britânico e foi eleito membro da Real Academia (1879).
Em 1899 foi-lhe concedido um título de nobreza e em 1905 recebeu a Ordem do Mérito Britânico. Alma Tadema teve, graças a seu êxito, alguns imitadores como John William Godward e Edwin Long. Sua obra caiu em desgraça após sua morte e só recentemente voltou a ser reconhecido como um grande pintor.