A lua vem surgindo cor de prata…
EDUARD KASPARIDES
JOSEPH WRIGHT OF DERBY
ALFRED EDWARD LAMBOURNE
GUILLERMO GOMEZ GIL
FRIDOLF WEURLANDER
HENRI-JOSEPH HARPIGNIES
JOHN ATKINSON GRIMSHAW
IVAN AIVAZOVSKY
RONNY GABRIELS
HORA INDECISA
A lua branca
brilha no bosque.
De ramo em ramo,
parte uma voz que
vem da ramada.
Oh! bem-amada!
Reflete o lago,
como um espelho,
o perfil vago
do ermo salgueiro
que ao vento chora.
Sonhemos, é hora…
Como que desce
uma imprecisa
calma infinita
do firmamento
que a lua frisa.
É a hora indecisa…
Paul Verlaine
Faça chuva ou faça sol…–Galeria 23
JOHN MORGAN
FREDERICK CHILDE HASSAM EDUARD NICZKY
VITTORIO MATTEO CORCOS JULES F. BALLAVOINE
SILVESTRO LEGA ALONZO PEREZ
FEDERICO ZANDOMENEGHI VACLAV BROZIK
JOSE GARCIA Y RAMOS
Será num claro dia de verão;
raios de sol – meu cúmplice celeste –
sobre a seda e o cetim da tua veste
mais bela a tua beleza ainda farão.
O céu, como dossel na azul esfera,
ondulará fremente os folhos cálidos
por sobre os nossos rostos, muito pálidos
pela emoção feliz e pela espera.
Doces ares da noite, então chegados,
hão de afagar teus véus alegremente
e há de o olhar das estrelas, complacente,
sorrir para os amantes esposados.
Paul Verlaine (1844-1896)
Aquarela de Steve Hanks (artista americano contemporâneo)
A lua branca…
A lua branca
brilha no bosque.
De ramo em ramo,
parte uma voz que
vem da ramada.
Oh! bem-amada!
Reflete o lago,
como um espelho,
o perfil vago
do ermo salgueiro
que ao vento chora.
Sonhemos, é hora…
Como que desce
uma imprecisa
calma infinita
do firmamento
que a lua frisa.
É a hora indecisa…
Paul Verlaine
Pintura: Carl Schweninger Jr
Será num claro dia de verão…
Será num claro dia de verão;
raios de sol – meu cúmplice celeste –
sobre a seda e o cetim da tua veste
mais bela a tua beleza ainda farão.
O céu, como dossel na azul esfera,
ondulará fremente os folhos cálidos
por sobre os nossos rostos, muito pálidos
pela emoção feliz e pela espera.
Doces ares da noite, então chegados,
hão de afagar teus véus alegremente
e há de o olhar das estrelas, complacente,
sorrir para os amantes esposados.
Paul Verlaine (1844-1896)