Revista Virtual de Artes, com ênfase na pintura do século XIX

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Outono

John William Godward - AutumnGeorge_Henry_Boughton-Autumn

JOHN WILLIAM GODWARD                                                                              GEORGE HENRY BOUGHTON


cesare-saccaggi-italian-painter-autumnAutumn by Emile Eisman Semenowsky

CESARE SACCAGGI                                                                        ÉMILE EISMAN SEMENOWSKY


O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida…

Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo…

Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma…
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
Mario Quintana



É outono!…

Autumn in Gloucester - 1931 - Mathias J. Alten (american painter)

MATHIAS J. ALDEN


Jose_malhoa_outonoAutumn Day Sokolniki -1879 - Isaac Levitan (russian painter)

JOSE MALHOA                                                                             ISAAC LEVITAN


autumn-thomas-benjamin-kennington-Autumn Magic - 1912 - Edward Cucuel (american painter)

THOMAS BENJAMIN KENNINGTON                                                            EDWARD CUCUEL


Autumn by Emile Eisman Semenowsky

EMILE EISMAN SEMENOWSKY


autumn glory

O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida…

Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
De carícia a contrapelo…

Partir, ó alma, que dizes?
Colher as horas, em suma…
Mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte nenhuma!
Mario Quintana


Trio: Outono

Autumn Memories -1899- Frederick McCubbin (australian painter)

FREDERICK MC CUBBIM


autumn-regrets-John Atkinson Grimshaw

JOHN ATKINSOM GRIMSHAW


Falling Leaves -1895- Philip Alexius de Laszlo (hungarian painter)

PHILIP ALEXIUS DE LASZLO


CREPÚSCULO DE OUTONO

O crepúsculo cai, manso como uma benção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito…
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.

O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale…o horizonte purpúreo…
Consoladora como um divino perdão.

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

Manoel Bandeira (Brasil, 1866-1968)



Trio: Outono

Estação das névoas e da plena fecundidade
amiga íntima do sol que amadurece;
e com quem tramas benzer e carregar
de frutos as vinhas que rodeiam os beirais de palha.
(John Keats)

Mount Carter Autumn in the White Mountains - John Mix Stanley

JOHN MIX STANLEY


William Mason Brown - Autumn Landscape

WILLIAM MASON BROWN


Autumn Morning -1893- Grigoriy Myasoyedov (russian painter)

GRIGORIY MYASOYEDOV



Outono chegou…

outono2
Crepúsculo de Outono

O crepúsculo cai, manso como uma benção.
Dir-se-á que o rio chora a prisão de seu leito…
As grandes mãos da sombra evangélicas pensam
As feridas que a vida abriu em cada peito.

O outono amarelece e despoja os lariços.
Um corvo passa e grasna, e deixa esparso no ar
O terror augural de encantos e feitiços.
As flores morrem. Toda a relva entra a murchar.

Os pinheiros porém viçam, e serão breve
Todo o verde que a vista espairecendo vejas,
Mais negros sobre a alvura unânime da neve,
Altos e espirituais como flechas de igrejas.

Um sino plange. A sua voz ritma o murmúrio
Do rio, e isso parece a voz da solidão.
E essa voz enche o vale…o horizonte purpúreo…
Consoladora como um divino perdão.

O sol fundiu a neve. A folhagem vermelha
Reponta. Apenas há, nos barrancos retortos,
Flocos, que a luz do poente extática semelha
A um rebanho infeliz de cordeirinhos mortos.

A sombra casa os sons numa grave harmonia.
E tamanha esperança e uma tão grande paz
Avultam do clarão que cinge a serrania,
Como se houvesse aurora e o mar cantando atrás.

Manoel Bandeira


autumn foliage-by-Jennie-Augusta-Brownscombewilliam-quiller-orchardson-1832-1910-autumn(1871)

JENNIE AUGUSTA BROWN SCOMBE                                                               WILLIAM QUILLER ORCHARDSON


William Mason Brown - Autumnal Landscape

WILLIAM MASON BROWN


Autumn Sun -  Edward CucuelEmile Auguste Pinchart_autumn fantasy

EDWARD CUCUEL                                                                                                  EMILE AUGUSTE PINCHART


Autumn-benjamin-thomas-kenningtonSophie Anderson - An Autumn Princess

BENJAMIN THOMAS KENNINGTON                                                                                SOPHIE ANDERSON


James_Tissot_-_OctoberSimeonSolomon-Autumn

JAMES JACQUES JOSEPH TISSOT                                                                                     SIMEON SOLOMON


William Mason Brown - Autumn Reflections

WILLIAM MASON BROWN



Um autor, duas obras: Cesare Saccaggi

Cesare Saccaggi (italian painter)- autumnCesare Saccaggi - Spring (from a set of the Four Seasons)

CESARE SACCAGGI

(Tortona, Itália, 1868 – 1934)


O belo e a esperança…

“O belo é aquilo que podemos ser

E a esperança é nada mais que a

fidelidade a essa possibilidade que

dorme silenciosa em todos…”

(Rubem Alves)

A Wooded Path In Autumn-HansAnderson-Brendekilde


É outono !

Hans Andersen Brendekilde (1857-1942)

OUTONO

Estação das névoas e da plena fecundidade
amiga íntima do sol que amadurece;
e com quem tramas benzer e carregar
de frutos as vinhas que rodeiam os beirais de palha.
(John Keats)

Pintura de Hans Andersen Brendekilde

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