Retratos de mulher: Lina e Lily
LINA CAVALIERI (Viterbo, Itália, 25 de dezembro de 1874 — Florença, Itália, 7 de fevereiro de 1944)
Cantora de ópera italiana, da Belle Époque, conhecida como "a mulher mais bonita do mundo".
Esposa morganática do Príncipe Alexander Bariatinski, da Rússia, e ex-atriz de variedades do Folies-Bergere de Paris, Cavalieri teve sua estréia no Teatro São Carlos de Lisboa em 1901, como Nedda, da ópera Pagliacci, de Leoncavallo.
Repetidamente fotografada por Leopold Reutlinger e eternizada em numerosos cartões-postais, Lina Cavalieri conquistou entre 1902 e 1904 as platéias da Itália, da Polônia e da aristocrática Rússia Czarista, celebrada por sua impressionante beleza, ganhando notabilidade mundial e o deslumbramento europeu.
Com luminosa expressividade, Lina Cavalieri apresentou-se em Paris em 1905, no Teatro Sarah Bernhardt, no papel-título da Ópera Fedora, de Giordano, ao lado de Enrico Caruso; consagrada na Europa e aclamada na América como "a mais bela mulher do mundo", Lina Cavalieri estreou no Metropolitan Opera House de Nova Iorque em 1906, contracenando novamente com Caruso em Fedora. Com uma audaciosa e imprevisível performance, atirando-se nos braços do tenor e beijando-o apaixonadamente na boca no final de um dueto, obteve ruidoso sucesso e as principais manchetes dos jornais do país. Tal repercussão só seria igualada posteriormente a um novo escândalo: um casamento relâmpago e proveitoso com um milionário americano.
Bela e sensual como a música de Jules Massenet, Lina Cavalieri teve no papel-título da ópera Thais, sua estréia no Palais Garnier, a 17 de junho de 1907.
Em 1913, Lina Cavalieri casou-se com o tenor francês Lucien Muratore, seu terceiro marido e com quem viveria até 1927. Em 1914, ingressou nos estúdios cinematográficos norte-americanos para estrelar Manon Lescaut, iniciando com Muratore uma série de filmes silenciosos. Afastada dos palcos desde 1922 e desfrutando da estabilidade de um quarto casamento, tragicamente desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial, quando um bombardeio aéreo atingiu a vila em que residia próxima a Florença.
FONTE: BRASILCULT
Foi vivida nas telas por Gina Lollobrigida, em 1955, no filme "La donna piú bella del mondo"
“O rosto de Lina Cavalieri é um verdadeiro arquetipo: a síntese de uma imagem de beleza clássica, como uma estátua grega, enigmática como a Monalisa.”
PIERO FORNASETTI (Itália, 1913-1988)
Artista milanês de múltiplos talentos e prolífico: pintor, decorador e designer, teve a sua época de ouro nos anos 60. Criou 11.000 produtos de todos os tipos: móveis, pratos, vasos, lustres, tecidos, azulejos nos quais o contraste entre realidade e ilusão é sempre presente. Entre seus temas preferidos, um dos mais recorrentes são o sol, os baralhos, arlequins, mãos, auto-retratos e balões. Mas as obras mais conhecidas são as 350 variações do rosto de uma mulher realizadas em pratos e outros objetos: Lina Cavalieri.
GALERIA LINA CAVALIERI
LILY ELSIE (ELSIE HODDER) (Armley, West Riding de Yorkshire, Inglaterra, 8 de abril de 1886 – Londres, Inglaterra, 16 de dezembro de 1962)
Atriz e cantora, uma das mais populares e mais fotografadas da Belle Époque.
Lily foi uma cantora e atriz inglesa durante a era Eduardiana. Ficou mais conhecida como protagonista da versão inglesa de “A Viúva Alegre” (opereta de Franz Lehár), em 8 de junho de 1907, em Londres.
Admirada por sua beleza e charme no palco, Elsie se tornou uma das mulheres mais fotografadas e admiradas da época. As revistas produziam suplementos especiais dedicados a ela. Sua imagem endossaria tudo: anúncios de cremes, pastas de dentes, cartões postais.
Ainda criança (chamada de "Little Elsie"), participou ativamente do mundo da música e entretenimento teatral. Viajou por toda a Inglaterra, realizando shows e peças populares, tais como "As Mil e Uma Noites", "Little Red Riding Hood" (Chapeuzinho Vermelho), Barba Azul, Os quarenta ladrões e outros.
Por volta de 1900, adotou o nome "Lily Elsie" e se juntou a uma empresa teatral (Daly`s Theatre) em Londres, trabalhando como corista e aparecendo em 14 musicais, até 1906.
Em novembro de 1911, aos vinte e seis anos, casou-se com major Ian Bullough, filho de um milionário do setor têxtil e retirou-se dos palcos.
Em 1918 fez uma participação especial no filme "The great Love" e, em 1919, no filme "Conradeship". Em 1920, mudou-se para uma aldeia em Gloucestershire, só participando de alguns eventos sociais. Em 1927, apareceu em "The Blue Train" e, em 1928, realizou seu último show, "The Truth Game".
Em 1930, o casamento infeliz de Elsie terminou em divórcio e sua saúde deteriorou-se rapidamente. Hipocondríaca, com sérios problemas mentais e fisiológicos, passou seus últimos anos em asilos e sanatórios suíços, tendo mesmo se submetido a uma cirurgia no cérebro, uma lobotomia frontal, prática comum à época. Faleceu aos 76 anos de insuficiência cardíaca e broncopneumonia, no “St. Andrew’s Hospital”, em Londres, onde viveu por 2 anos.
SITE (em inglês): LILY ELSIE
GALERIA LILY ELSIE
Vídeo: Dança Cigana Espanhola
"Dança Cigana Espanhola", com o violinista húngaro László Berki (1941-1997)
“Adeus: Cinco letras que choram”…
Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz.
Alexandre Dumas (França, 24 de julho de 1802 – 5 de dezembro de 1870)
ANTONI PIOTROWSKI
JOHN FAED JOHN EVERETT MILLAIS
EDMUND BLAIR-LEIGHTON JAMES JACQUES JOSEPH TISSOT
Cinco letras que choram (ADEUS)
Composição: Silvino Neto
Adeus, adeus, adeus
Adeus
Adeus, adeus, adeus
Cinco letras que choram
Num soluço de dor
Adeus, adeus, adeus
É como o fim de uma estrada
Cortando a encruzilhada
Ponto final de um romance de amor
Quem parte tem os olhos rasos d’água
Sentindo a grande mágoa
Por se despedir de alguém
Quem fica, também fica chorando
Com um lenço acenando
Querendo partir também
Adeus, adeus, adeus
Adeus, adeus, adeus
“Eu tenho um companheiro inseparável”…
ALL I ASK OF YOU (do Fantasma da Ópera) por DANIEL MENDONÇA
LEON COMERRE
ABRAHAM LEON KROLL JOSEPH R. DE CAMP
DELPHIN ENJOLRAS
EDWARD AUGUST BELL FERDINAND ROYBET
GEORGE OWEN WYNNE APPERLEY VITTORIO REGGIANINI
RAIMUNDO DE MADRAZO Y GARRETA NICOLAS MEJIA Y MARQUEZ
Lição de Música
LASLETT JOHN POTT JEAN CAROLUS
EDMUND BLAIR-LEIGHTON
WILLIAM FREDERICK YEAMES CHRISTIAN EDUARD BOTTCHER
J. GOUGELET JAN SKRAMLIK
CHARLES WEST COPE
Ontem, quando eu era jovem…
Yesterday when I was young
The taste of life was sweet as rain upon my tongue.
I teased at life as if it were a foolish game,
The way the evening breeze may tease a candle flame.
The thousand dreams i dreamed, the splendid things I
Planned
I always built alas on weak and shifting sand.
I lived by night and shunned the naked light of the
Day
And only now i see how the years ran away.
Yesterday when I was young
So many drinking songs were waiting to be sung,
So many wayward pleasures lay in store for me
And so much pain my dazzled eyes refused to see.
I ran so fast that time and youth at last ran out,
I never stopped to think what life was all about
And every conversation i can now recall
Concerned itself with me and nothing else at all.
Yesterday the moon was blue
And every crazy day brought something new to do.
I used my magic age as if itwere a wand
And never saw the waste and emptiness beyond.
The game of love I played with arrogance and pride
And every flame I lit too quickly quickly died.
The friedns I made all seemed somehow to drift away
And only I am left on stage to end the play.
There are so many songs in me that won’t be sung,
I feel the bitter taste of tears upon my tongue.
The time has come for me to pay for yesterday when I Was young
TRADUÇÃO
Ontem, quando eu era jovem
O gosto da vida era doce como a chuva em minha língua.
Eu brincava com a vida como se ela fosse um jogo bobo
Assim como a brisa da noite brinca com a chama de uma vela.
Os milhares de sonhos que sonhei, as coisas esplêndidas que
Planejei
Eu sempre construí em areia fraca e mutante.
Eu vivia pela noite e me escondia da luz do
Dia
E só agora eu vejo como os anos se passaram.
Ontem quando eu era jovem
Tantas músicas sedentas por serem cantadas
Tantos prazeres caprichosos esperando por mim
E tanta dor que meus olhos confusos recusaram ver.
Eu corri tão rápido que o tempo e a juventude enfim se foram,
Eu nunca parei para pensar sobre o significado da vida
E cada conversa que me lembro
Falava sempre de mim e de mais nada.
Ontem a lua era azul
E cada dia louco trazia algo novo para fazer.
Eu usava minha idade mágica como se fosse uma varinha de condão
E nunca enxerguei o desperdício e o vazio por trás de tudo.
O jogo do amor que eu joguei com arrogância e orgulho
E cada chama que acendi muito rápido, muito rápido se foi.
Os amigos que fiz parecem ter desaparecido de alguma forma
E só eu fiquei no palco para terminar a peça.
Existem tantas músicas em mim que não serão cantadas,
Sinto o gosto amargo das lágrimas em minha língua.
O tempo chegou em que tenho que pagar pelo ontem,
Quando eu era jovem.
Pintura: Jan Jacobus Matthijs Damschröder
Letra e tradução: letras.mus.br
Retratos de mulher: Sara (Sarita) Montiel
SARA MONTIEL – nascida María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isadora Abad Fernández
(Campo de Criptana, Ciudad Real, Castilla-La Mancha, Espanha – 10 de março de 1928 – Madri, Espanha, 8 de abril de 2013)
GALERIA SARA MONTIEL
Pintura: A dor da perda…
PIETÁ – Escultura de MICHELANGELO
WILLIAM-ADOLPHE BOUGUEREAU
EMILY MARY OSBORN
AUGUSTE TOULMOUCHE
ALFRED STEVENS
JEAN BAPTISTE JULES TRAYER