PINTURA: Louis Marie de Schryver – 2
Louis Marie de Schyrver (Paris, França, 12 de outubro de 1862 – Paris, França, 6 de dezembro de 1942)
Ainda muito jovem encontrou o estilo de pintura que lhe garantiria um longo período de sucesso e o colocaria entre os melhores artistas da “Belle Époque”: cenas das ruas de Paris por volta de 1900, quando misturava à paisagem urbana da cidade descrições realistas de vendedoras de flores, varredores de ruas, cavalos, carruagens e pessoas elegantes.
Filho de um jornalista, começou seu treinamento artístico com apenas doze anos. Muito talentoso, aos treze exibiu seus primeiros trabalhos no Salão de 1876: Marguerites et Chrysanthèmes (Marguerites e crisântemos) e Violettes Fleurs et Printanières (Violetas e Flores de Primavera).
Depois de uma curta passagem pelo atelier de Philippe Rousseau (pintor de cenas de gênero e naturezas mortas), novamente apresentou-se no "Salon", sem a tutela de um professor.
Com 17 anos ganhou a medalha de bronze na "Wordl´s Fair de Sidney" com a pintura "Lilases". Continuou a confiar nos trabalhos de natureza morta, embora já apresentasse alguns retratos e cenas de gênero.
Em 1886 sua atenção voltou-se para a vida cotidiana parisiense e os retratos de pessoas da sociedade. Neste mesmo ano apresentou no Salão "Mes derniers fleurs" (Minhas últimas flores) e "Le premier jour de printemps" (O primeiro dia da primavera), recebendo uma menção honrosa.
Em 1888, tornou-se membro da "Sociéte des Artistes Français" (Sociedade dos Artistas Franceses) e sua pintura começou a atrair muita atenção, não só por sua habilidade técnica, mas pela espontaneidade das cenas retratadas.
Em 1891 passou a frequentar o ateliê do pintor Gabriel Ferrier (1847- 1914) e expôs "La Fin d’une Rêve" (O Fim de um Sonho), que lhe rendeu uma medalha de terceira classe, a sua primeira recebida nos Salões de Paris.
Em 1900 ganha uma medalha de ouro na Exposição Universal e, neste mesmo ano, constroi uma casa em Neuilly e deixa Paris. Seu trabalho também sofre mudanças: virou-se para os retratos e a pintura fantasia – que caracterizava homens e mulheres elegantes em épocas passadas, vestidos a caráter – e que tinham grande procura.
Em 1901, sua pintura "Lesbiennes" (Lésbicas) provocou escândalo no Salão Anual, tendo de ser retirada da mostra.
Ainda no início dos anos 1900 passou a dedicar-se à pintura de corridas de automóveis e apresentou-as no "Salon des Artistes Indépendants", uma exposição que procurava valorizar as novas tendências artísticas. Compartilhava o enorme fascínio pelo tema com Zwillet e Carolus-Duran e juntos criaram a seção de artes plásticas do Automóvel Clube de Paris. Estas obras seguiram um estilo mais impressionista, com belas cores e pinceladas rápidas, mas não tiveram boa acolhida no mercado e, em 1910, Schryver retorna às pinturas de cenas parisienses.
Entre 1919 e 1925, integra-se a uma missão de observadores culturais pós guerra e viaja para a Renânia, onde pinta paisagens, naturezas mortas e telas patrióticas que envia para o salão de Paris. Retorna a Neully e ocasionalmente viaja a Paris, onde morreu em 6 de dezembro de 1942, aos 80 anos.
GALERIA LOUIS-MARIE DE SCHRYVER – 2
VEJA TAMBÉM: LOUIS MARIE DE SCHRYVER – GALERIA 1
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06/06/2015 às 13:52
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Güzellikler dile gelmiş…
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07/06/2015 às 4:56